Peninsulares. Território(s) de Lãna

Covilhã e Cáceres
O QUE FIZEMOS

O projecto Peninsulares tem como objectivo principal a promoção da arte têxtil contemporânea, portuguesa e espanhola. Os promotores são as entidades culturais Ideias Emergentes/Bienal Contextile do lado português e Indigo Proyectos e várias associações regionais e estatais do lado espanhol.

O projecto assenta na ideia de ligar Espanha e Portugal, dois territórios nos quais o sector têxtil teve, e tem, uma extrema importância não só no âmbito económico, mas também nas vertentes social, cultural, patrimonial e artística.

Assim, é urgente pensar em novas formas de cooperação entre territórios (têxteis) que permitam a (des)construção das fronteiras clássicas e encontrar novos fluxos de relação, conhecimento e troca a partir das várias propostas oferecidas pela arte têxtil contemporânea, valorizando desta forma a universalidade do fenómeno da eclosão da arte têxtil, um novo meio de expressão artística em plena sintonia com os novos paradigmas da arte contemporânea.

Território(s) de Lãna

As tapeçarias tecidas com lã e utilizadas como símbolos externos de riqueza e poder sempre foram considerados os tecidos artísticos por excelência na Europa. Mas um têxtil, qualquer têxtil – neste caso, a lã – apresenta uma riqueza extraordinária de leituras e contextos subjacentes, não só sobre a origem e a história da matéria-prima, mas também sobre a sua transformação, o seu uso e os seus códigos estéticos e até morais, como e quem o produziu, em que condições, a quem pertenceu… O têxtil – a lã – assume-se assim, como recipiente de memórias coletivas e pessoais e como a ferramenta de criação para explorar os temas que preocupam a sociedade actual: a relação com o território e a natureza, a sustentabilidade, o papel do homem, da mulher e inclusivamente da mão de obra infantil na indústria têxtil…

Os territórios espanhóis e portugueses dos dois lados da “raia” partilham séculos de trocas comerciais, culturais e pessoais em torno da lã. Serve como exemplo, a Rota da Lã-Translana que começa no lavadouro de Malpartida de Cáceres – hoje Museu Vostell – e termina na Real Fábrica Veiga – Museu de Lanifícios e outras fábricas da Covilhã.

Esta exposição, tendo a lã como referência e referente, junta obras de seis artistas portugueses e seis artistas espanhóis, em dois momentos distintos, na Covilhã, Portugal e em Cáceres, Espanha, para além de quatro residências artísticas (duas na Covilhã e duas em Cáceres).

Artistas em exposição: Alexandre Camarao, Altina Mar, Ana Rita Albuquerque, Celia Eslava, Irene Infantes, Leonor Serrano Rivas, Luisa Donaire, Soledad Santisteban, Susana Arce, Susana Cereja, Tiago Pereira, Vanessa Barragão

Residências artísticas: Ana Musma, Patrícia Oliveira (Covilhã) e Asunción Molinos, Patrícia Geraldes (Cáceres)

Co-Financiamento: DGArtes / Ministério da Cultura

Apoio Institucional: Município da Covilhã / Cidade do Design

Parceiros de Projecto: Museu de Laníficios – UBI, Diputación de Cáceres

Apoios e Parcerias: Embaixada de Espanha em Portugal, Asociación Ras de Terra, Asociación Laneras, IES Sierra de Santa Bárbara de Plasencia, Museo Vostell-Malpartida, Junta de Extremadura, New Hand Lab / Associação Cultural, Burel Factory, A Transformadora